G1 – O número de roubo de cargas no Espírito santo caiu com relação ao ano passado: foram 42 neste ano contra 58 em 2016. Mesmo assim, os empresários contam que ainda sofrem com os crimes em outros estados. Nesta terça-feira (22), empresários e autoridades da segurança pública se reuniram no Fórum de Prevenção e Combate ao Roubo de Cargas no Transporte Rodoviário de Cargas.
O diretor presidente de uma empresa que trabalha com transporte de cargas, Marcos Fortunato, contou que neste ano já aconteceram quatro roubos, sendo dois no Rio de Janeiro, um em Minas Gerais e um em São Paulo.
“O crime organizado descobriu que comercializar cargas é um grande negócio”, disse.
Ele contou que o alvo dos criminosos são os eletrônicos, como aparelhos celulares e eletrodomésticos. Para tentar garantir a segurança das cargas, as empresas gastam dinheiro com seguros e escoltas, por exemplo.
“Hoje as empresas de transportes de cargas gastam entre 8% e 14% do seu faturamento com as medidas de segurança, gerenciamento de risco e seguros”, disse Fortunato.
Mesmo com a diminuição dos crimes no estado, para a Polícia Civil não é tempo de descansar. “Infelizmente os criminosos estão cada vez mais criativos, então temos que trabalhar com tecnologia, informação. Além da Polícia Civil trabalhar com a repressão, trabalha também na prevenção”, explicou o delegado Fabiano Rosa.
O superintendente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no estado, Mário Natali, falou sobre os prejuízos com os crimes.
“Por mais que aqui esse crime ainda seja tímido, os nossos veículos são roubados em outros estados. Nós temos um prejuízo muito grande porque isso envolve custos com seguradoras, é um valor alto que agrega ao valor da carga e recai sobre os usuários, pois essa carga seria distribuída no comércio”, finalizou.