O setor de logística e transportes, que tem na Serra um dos principais parques no Estado, espera um 2018 mais positivo. O Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas & Logística no Estado do Espírito Santo – Transcares, projeta um crescimento de 1,5% este ano. O setor, que vem enfrentando dificuldades nos últimos anos, cresceu 0,9% em 2017.
O presidente da Transcares, Liemar Pretti, diz que a expectativa é que venham novas empresas (armazéns logísticos e transportes) diante do incremento previsto nos portos e aeroporto, bem como a extensão da Zona Franca de Manaus, cuja filial está sendo implantada na área da Terca, em Cariacica, perto da divisa com a Serra.
“Com o startar destes projetos, serão gerados de 3 a 5 mil empregos no estado. O ano de 2018 representa a retomada da economia, dos investimentos, do mercado. E as expectativas com a inauguração do Aeroporto de Vitória, a duplicação da BR 101, que deve iniciar e o início da operação do Porto de Vitória com a nova dragagem são de melhoria no conjunto logístico que tem tudo para trazer novas empresas para o Estado”, diz.
Atualmente, o setor de logística movimenta mais de R$ 1,1 bilhão no Estado, segundo o Transcares. Em todo estado há entre 2,3 mil e 2,5 mil empresas, sendo de 400 a 450 na Serra, e são gerados de 27,5 mil a 28,2 mil empregos diretos no Estado, sendo de 6,2 mil a 6,7 mil na cidade.Sobre os empregos indiretos, o Transcares calcula em torno de mais de 42 mil no Estado e mais de 7 mil na Serra.
O 1º vice-presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), José Carlos Zanotelli também está otimista quanto ao desempenho do setor de logística. “A indústria capixaba já cresceu 1,7% em 2017 e deve continuar crescendo, o que vai impulsionar a logística. Além disso, há perspectivas destes investimentos: ramal ferroviário ligando Serra com o litoral sul, novas empresas de transporte terrestre, contorno do Mestre Álvaro, duplicação da BR 101, duplicação da BR 262. Tudo isso deve movimentar cerca de R$30 milhões e gerar mais empregos pra Serra e entorno”, disse.
Zanotelli reforça ainda que tem expectativa da aprovação do Projeto de Lei que reduz as exigências ambientais na Serra para a instalação de novas empresas, deve impulsionar ainda mais o setor.
“Assim que a Câmara de Vereadores aprovar a Lei e a mesma for sancionada. cerca de R$ 100 milhões de investimentos, hoje parados, podem ser liberados gerando cerca de 3.000 empregos diretos na cidade”, frisa.