Trechos de estradas federais e estaduais apresentam falta de sinalização, falhas na drenagem e buracos

A quantidade de problemas nas principais rodovias do Vale do Rio Pardo aumentou nas últimas semanas com a sequência de dias chuvosos, associados ao tráfego intenso e à falta de manutenção. Há falta de sinalização, falhas na drenagem e buracos. O diretor regional do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado (Setcergs), Alaor Canêz, afirma que o transporte na região, especialmente entre a RSC 471 e a BR 290, torna o custo da operação logística mais caro. Conforme ele, o custo de manutenção dos veículos, com revisões após cada viagem, eleva as despesas em até 30%. Canêz revela que a falta de condições nas estradas exige cuidados extras para o transporte de cargas fracionadas, aumentando os gastos para preservar a qualidade dos produtos. PUBLICIDADE  

Para o supervisor de logística Jair Augusto Naue, o desafio está em sair de Santa Cruz do Sul e chegar ao Porto de Rio Grande, via RSC 471. Segundo ele, há perdas no desgaste do veículo e com o tempo necessário para desviar dos buracos. Na BR 290, entre Pantano Grande e Cachoeira do Sul, também há queixas dos usuários. Conforme Lucas Carlos da Silveira, faltam sinalização e manutenção de acostamentos, e os buracos se multiplicam. 

Na RSC 153, entre Vera Cruz e Herveiras, há buracos em consequência da falta de manutenção e deslizamentos de terra. No trecho na localidade de Ferraz, no interior de Vera Cruz, o barro desce a ladeira e transborda para o asfalto, pois a drenagem abaixo do acostamento está obstruída. Outra rodovia com problemas de sinalização é a ERS 400, entre Candelária a Sobradinho. 

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que fez a manutenção no trecho da BR 290 que passa por Cachoeira do Sul, aplicando um microrrevestimento asfáltico. Já o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) informou que o segmento entre Candelária e Vila União, na ERS 400, está contemplado no Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias (Crema) da Região de Santa Maria, que prevê a recuperação do trecho. Em relação aos demais pontos e rodovias, o Daer diz que busca, com a Secretaria Estadual da Fazenda, os recursos para dar continuidade à manutenção. 

A RSC 471 e a RSC 153, assim que as condições climáticas permitirem, devem receber tapa-buracos nos pontos mais críticos. A expectativa é de iniciar os trabalhos ainda nesta semana. O Daer reforça que a situação das rodovias fica pior durante os períodos de chuva e em razão do excesso de carga dos veículos. A RSC 287 também apresenta buracos em decorrência das chuvas. Segundo a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), os trajetos com mais problemas estão entre Venâncio Aires e Candelária, passando por Santa Cruz do Sul. Informa que os pontos receberão tapa-buracos, mas os serviços dependem da estabilidade do clima.