A partir do reajuste de preço dos combustíveis praticado pela Petrobras desde a última terça, 06 de dezembro, o Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos da NTC&Logística – DECOPE – realizou um estudo para prever o impacto direto no custo operacional dos caminhões. A gasolina de 8,1% em média e o diesel tiveram aumentos e 9,5% em média, na refinaria.

A análise levou em conta que o provável reajuste de 5,5% na bomba, isto é, cerca de R$ 0,17 por litro, seja integralmente repassado, segundo Neuto Gonçalves dos Reis, diretor técnico da NTC&Logística. O cálculo considerou o consumo de combustível de um caminhão trator 4×2 tracionando carreta furgão de três eixos, com capacidade para 26,2 toneladas de carga.

“A previsão é que o custo tenha um aumento médio de 1,28% (distâncias de 800 km), mas o número pode variar para mais ou para menos de acordo com a distância percorrida pelo veículo”, explica Neuto. Para quilometragens longas (2,4 mil km), o aumento pode chegar a 1,59%.

Ainda de acordo com o estudo, o custo do caminhão pesado poderá sofrer um impacto de 0,43% quando o trajeto for de 50 km, 1,04% em um trajeto médio de 400 km e 1,74% quando o trajeto for muito longo. Deve-se levar em consideração que estes valores foram baseados em carga lotação e, dependendo da operação, a representatividade do combustível varia de 15% a 40%.

Em operações urbanas ou rotas curtas, o combustível pode representar entre 15 e 20% do custo de operação. Já em uma operação rodoviária, por exemplo, do agronegócio, onde são utilizados veículos pesados que percorrem grandes distâncias, o peso do combustível pode subir para 40% ou mais. (Portal NTC)