Após chuva, prefeita pede apoio de fazendeiros para recuperar estradas

Com ruas do perímetro urbano e estradas da zona rural destruídas após as fortes chuvas que atingiram o município nas duas primeiras semanas do ano, a cidade de Deodápolis, a 252 km de Campo Grande, começou no fim de semana a mobilizar equipes para os serviços de recuperação.

A prefeita Maria Viana (PT) disse nesta segunda-feira ao Campo Grande News que a prioridade são os pontos mais críticos das estradas rurais, para garantir a retomada do escoamento da safra agrícola e da produção leiteira. “Na cidade vamos fazer o trabalho paliativo, conforme a disponibilidade de recursos, que são poucos”.

Em busca de cascalho – Segundo ela, no fim de semana a prefeitura recebeu uma máquina do governo do Estado, para ajudar na retirada de pedra para cascalhar as estradas rurais. “Hoje começamos a visitar as propriedades, para pedir apoio dos produtores dispostos a doarem pedra para a recuperação das estradas”.

Maria Viana disse que os estragos, que tinham sido grandes após as chuvas de novembro e dezembro, aumentaram na primeira quinzena de 2016. “Estamos com várias estradas totalmente intransitáveis, com pontes caídas, onde os produtores não conseguem deslocar a produção. Outra preocupação é o transporte escolar, já que as aulas começam em breve”. Pelo menos 15 pontes foram destruídas em Deodápolis.

Apesar de destacar o apoio que recebe do governo do Estado, ela não espera receber logo os recursos para ajudar a prefeitura a recuperar o município. “Sabemos que o processo é muito lento, demora demais para sair o recurso e o município não aguenta esperar. O decreto de emergência permite usar o recurso que temos sem muita burocracia, como a dispensa do processo de licitação, mas o dinheiro é insuficiente”, afirmou Maria Viana.

Ruas intransitáveis – A prefeita disse que no perímetro urbano os estragos provocados pela chuva são grandes, principalmente nas duas avenidas centrais que fazem parte de trechos da MS-376, rodovia que corta a cidade.

“Deodápolis é uma cidade muito mal planejada, sem sistema de drenagem. Toda vez que chove a água cobre as ruas e o asfalto não aguenta”, afirmou Maria Viana.

Ela afirmou que o trecho da rodovia que passa pela cidade também acaba gerando mais despesas para a prefeitura, que faz a manutenção, apesar de ser uma estrada de domínio estadual. “O trânsito de veículos pesados é muito grande, o que danifica ainda mais as avenidas centrais”.