G1
Várias entidades se reuniram no Sindicato do Comércio (Sindicomércio) de Juiz de Fora, na noite desta terça-feira (27), para expor posicionamentos sobre um Projeto de Lei (PL) do vereador Júlio Obama Jr. (PHS) que prevê a proibição de atividades de carga e descarga em horário comercial na cidade.
Os representantes dos diversos segmentos econômicos debateram sobre o PL e abordaram pontos contrários ao conteúdo do texto. O próximo passo do grupo é marcar um encontro com o vereador para transmitir as insatisfações ao político.

“Temos cerca de 7.200 lojistas em Juiz de Fora, sendo que mais da metade está no grande centro comercial. Esses lojistas dependem da carga e descarga. Assim dá para termos noção dos impactos que seriam causados a partir das mudanças propostas”, disse o presidente do Sindicomércio, Emerson Beloti.
Confira alguns pontos discutidos pelo grupo:
- O Centro comercial de Juiz de Fora é habitado
- Avenidas não contam com iluminação eficiente em todos os pontos
- Legislação trabalhista e convenções coletivas não trazem previsões sobre o tema
- O trânsito na região central não é prejudicado apenas pelo movimento do comércio
- Para colocar a ideia do PL em prática, é necessário criar um centro de distribuição que dê suporte
Participaram do encontro representantes do Sindicomércio, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial e Empresarial (ACE), Centro Industrial, Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Juiz de Fora e Região Convention & Visitors Bureau e sindicatos de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe), das Indústrias de Panificação (Sindipan) e das Empresas de Transporte de Cargas (SETCJF).
PL já foi apresentado
Na última quinta-feira (22), Obama Jr. propôs a mudança em plenário e usou como justificativa o grande movimento na parte central da cidade por causa dos estabelecimentos comerciais, que geram fluxo intenso de veículos e pedestres.
“Não temos pretensão de prejudicar o comércio, mas a medida é necessária para desafogar o trânsito e melhorar a qualidade de vida urbana”, disse, na ocasião.
O texto do parlamentar cita casos específicos, que não devem ser enquadrados na Lei, como veículos de transporte de cargas de concreto para obras da construção civil, caminhões e veículos de transporte de mudanças residenciais e carros-fortes.