G1 – O crescimento do uso de serviço de transporte por aplicativo entre os usuários fez aumentar também o número de pessoas que trabalham como motoristas nesse ramo em São José dos Campos. De acordo com a administração da cidade, já são três mil profissionais atuando. Uma quantidade que diminui os lucros da classe.

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No começo, esse mercado apareceu como forma de complemento de renda para muitos profissionais, mas esse quadro mudou com o passar do tempo e, atualmente, muitos já tem o carro como principal fonte de renda.

“Eu tenho um outro negócio, mas, devido à crise, o movimento caiu muito e precisava de uma renda extra. Por isso resolvi entrar no aplicativo de mobilidade”, disse o motorista Graziani Ribeiro, que trabalha para os dois aplicativos autorizados no município.

O Luiz Carlos da Silva começou a dirigir a serviço de um aplicativo há cerca de oito meses e já consegue perceber a queda dos lucros no dia a dia. “No começo compensava mais, hoje não está tão vantajoso devido ao desgaste do carro, despesa com o combustível e aumento no número de motoristas”, explicou.

Todas as três mil pessoas cadastradas para trabalherem neste serviço alternativo de transporte precisam obedecer as regras estabelecidas pelas empresas. Já a fiscalização fica por conta da prefeitura e quem for flagrado descumprindo alguma exigência pode ser multado em cerca de R$1,5 mil.

Com a atividade das empresas de transporte particular em São José, a prefeitura recolhe de R$50 mil a R$100 mil mensais de acordo com a quantidade de corridas.

“A intenção da prefeitura não é restringir nenhum tipo de serviço e sim proporcionar ao cidadão o direito de escolha”, falou Paulo Guimarães, secretário de mobilidade urbana da cidade.