O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a dizer que pediu ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para analisar a isenção de pedágio para motociclistas

O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a dizer que pediu ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para analisar a isenção de pedágio para motociclistas em novos contratos de concessão de rodovias. A fala foi uma resposta a um apoiador com quem conversou na manhã desta terça-feira, 8, na saída do Palácio da Alvorada.”Nós somos 7,5 milhões de motoboys, menos de 1,5 milhão contribui porque ninguém sabe para onde vai nosso recurso”, argumentou o apoiador. “O que eu orientei o Tarcísio (de Freitas, ministro da Infraestrutura), nas novas concessões, vê se é possível moto não pagar pedágio”, respondeu Bolsonaro.O fim do pedágio para motociclistas já havia sido mencionado pelo mandatário antes. Em julho, logo após ter anunciado testar negativo para o novo coronavírus, o presidente quebrou o isolamento de 15 dias e fez um passeio de moto pela capital federal. Na ocasião, prometeu a um grupo de apoiadores que contratos futuros de concessões de rodovias não irão cobrar pedágio de motociclistas.Ele disse ter dado essa diretriz ao ministro da Infraestrutura. “Já falei com o Tarcísio para em novos contratos isentarem motociclistas”, afirmou no dia 25 de julho.Como o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou, contudo, para bancar essa isenção para os motociclistas o pedágio subiria em média 5% para outros motoristas, de acordo com cálculos da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).Nesta terça-feira, o apoiador que questionou Bolsonaro sobre a situação dos motociclistas ressaltou ainda que “muitos querem contribuir” e que “a solução do Renda Brasil está lá”, em referência ao novo programa de transferência de renda que deve substituir o Bolsa Família. “Renda Brasil? Sabe quanto custa?”, indagou o presidente, sem fazer mais comentários sobre o tema.O Programa Renda Brasil, que ainda está sendo desenhado pelo governo, enfrenta desafios de fonte de financiamento.O anúncio do benefício foi suspenso por Bolsonaro após discordar das alternativas apresentadas pela equipe econômica para bancar a proposta, entre elas o fim do programa de abono salarial.O programa é dos fatores que tem pesado para o desgaste do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo. O primeiro escalão diverge sobre gastos públicos na retomada econômica.