Trecho da BR-101, na altura de São Gonçalo Foto: Leo Martins

RIO – A estrada onde a jovem Luana Alves de Albuquerque, de 25 anos, foi morta na frente das filhas, a BR-101 (Rio -Santos) tornou-se, em anos, a mais perigosa do estado. Dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que os roubos de veículos na rodovia subiram de 709 casos em, em 2016, para 1.124, em 2017, um aumento de 58,53%. Este ano, já são 1.070 casos até o último mês de setembro, mais que o dobro do número de ocorrências na BR-116 (Rodovia Presidente Dutra), que registrou 431 casos nos nove primeiros meses do ano.

No estado, a rodovia Rio-Santos é dividida em dois trechos: a BR-101 Norte (que vem desde a divisa com o Espírito Santo, em Campos dos Goytacazes, até a Ponte Rio-Niterói) e a BR- 101 Sul, que começa em Itaguaí e segue até Paraty. As duas são separadas pela Avenida Brasil, que foi municipalizada. Segundo o porta-voz da PRF no Rio de Janeiro, José Hélio Macedo, os dois trechos sofrem as consequências do agravamento da violência.

— Em ambos os trechos, o aumento de casos é impactado pela situação dos municípios — afirmou.

Segundo ele, no caso da BR-101 Sul, onde o assassinato de Luana aconteceu, o índice de roubos subiu 61%, saindo de 145 registros em 2016 para 233 em 2017. Nos primeiros nove meses deste ano, foram 164 casos.