Desde a tarde de segunda-feira (8) trabalhadores de diversos setores protestam contra a mudança do código penal boliviano, instituído pelo governo de Evo Morales. A mudança na lei prevê punições a profissionais da saúde e motoristas por negligência.

fronteira

Segundo o motorista José Luiz, nove cidades bolivianas que fazem fronteira com o Brasil estão com bloqueios e não há previsão para liberar.

Brasileiros que seguiam para o país vizinho tiveram de dar meia volta. Um grupo de turistas de São Paulo estava a caminho de Santa Cruz de La Sierra, mas a viagem foi interrompida. Sérgio Tiago Silva disse que não há outra opção a não ser esperar.

Um grupo de médicos bolivianos havia bloqueado a entrada de carros por alguns minutos em protesto à nova proposta do código penal boliviano que foi aprovado em dezembro de 2017 pelo presidente.

“Nos reunimos todos os médicos e todos os profissionais da saúde da província de German Bush em representação a Saúde em nível de Bolívia, porque estamos em uma crise de emergência pela lei 205 que criminaliza ao médico de todo ato médico que surge”, disse o diretor do Hospital Municipal de Porto Quijarro Guido Ramirez.

Em outras cidades, trabalhadores protestaram. Um vídeo mostra os manifestantes bloqueando a linha férrea. Há 48 dias, os trabalhadores começaram a se mobilizar contra a mudança.

Fronteira entre Brasil e Bolívia, em Corumbá (MS), é fechada por caminhoneiro bolivianos em protesto contra ação de Evo Morales (Foto: Reprodução/TV Morena)
Fronteira entre Brasil e Bolívia, em Corumbá (MS), é fechada por caminhoneiro bolivianos em protesto contra ação de Evo Morales (Foto: Reprodução/TV Morena)