CBN – Vitória

Mais de 300 caminhoneiros paralisaram as atividades nos portos de Vitória e Capuaba, em Vila Velha, na manhã desta quinta-feira (7). Segundo a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), a paralisação é momentânea e faz parte de um protesto contra a obrigatoriedade do exame toxicológico para a categoria.
Na manifestação, os caminhoneiros fecharam os acessos ao Porto de Capuaba, em Vila Velha, nas imediações da Avenida Carlos Lindenberg. Com isso, o trânsito sofreu congestionamentos e filas de carretas foram formadas no local.
Com os motoristas de braços cruzados durante a manhã, a distribuição de mercadorias que chegam às unidades portuárias ficou prejudicada. O presidente da Unicam, José Araújo China, explicou as motivações da paralisação.
“Tenho rodado pelo país para passar as informações sobre o exame, que é muito caro para os caminhoneiros, além de outras demandas que temos. Em cada estado a categoria tem se unido para chamar a atenção para o nosso problema. Caso seja necessário, vamos fazer uma paralisação nacional”, disse.
Custo elevado
A reclamação dos caminhoneiros encontra eco nos órgãos de trânsito. A Associação Nacional dos Detrans (AND) já pediu, no fim de março, que o Supremo Tribunal Federal (STF) cancele a obrigatoriedade do exame toxicológico para renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) das categorias C, D e E. A associação diz que o valor cobrado pela exame é elevado, além disso, algumas cidades do país não possuem laboratório credenciado. O STF avalia o caso.
O exame é feito no laboratório, mediante coleta de cabelo, pelo ou unha. O exame custa, em média, R$ 300 e é custeado pelo próprio motorista. Mais de 282 mil motoristas terão de fazer o teste no Estado. A resolução também diz que os motoristas que trabalham com transporte de cargas ou de passageiros precisam fazer o exame toxicológico no momento da contratação ou desligamento da empresa. Neste caso o custo é por conta do empregador.
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