O GLOBO -A greve de caminhoneiros fez despencar o volume de transporte de carga nas estradas brasileiras em maio. Segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), o fluxo de veículos pesados que passam por vias pedagiadas recuou 27,7% no mês passado, em relação a abril. Essa é a maior queda mensal desde que a pesquisa foi criada, há 19 anos. Para se ter uma ideia, antes do resultado de maio, a maior retração havia sido de 6,7%, registrada em julho de 1999.

RODOVIA sc

Os dados fazem parte do Índice ABCR, calculado em parceria com a Tendências Consultoria. A paralisação nas rodovias também fez recuar o trânsito de veículos leves, que recuou 11,4%. Com isso, o indicador — que considera o fluxo dos dois tipos de veículos — registrou queda de 15%, também a maior da série histórica.

Na avaliação do economista Thiago Xavier, analista da Tendências Consultoria, o impacto da greve foi o principal fator para o resultado. “Ao examinarmos o desempenho do fluxo de pedágios segundo veículos leves e pesados, nota-se que o impacto foi diferenciado entre os indicadores”, escreveu o analista, em comunicado. “Enquanto o índice de pesados foi afetado mais diretamente e em maior magnitude devido à paralisação generalizada dos caminhoneiros nas principais rodovias do país; o índice de leves foi afetado indiretamente e com menor impacto, visto que a escassez de combustíveis e a obstrução de algumas vias limitaram parcialmente as possibilidades de circulação dos veículos de passeio, sobretudo, nos dias centrais da greve”.

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