Como funciona o pedágio automático nas estradas do Brasil

O pedágio automático é um dos principais serviços oferecidos para os motoristas que circulam pelas rodovias brasileiras. O sistema é cômodo e permite debitar automaticamente o valor cobrado pela passagem em determinados trechos nas estradas do país. É uma mão na roda para quem não quer perder tempo com as paradas e com a preocupação de sempre ter dinheiro em mãos para viajar para outras localidades.

O funcionamento é simples: o cliente cola no para-brisa do carro um adesivo com uma tag eletrônica. Quando estiver perto do pedágio, uma cancela será aberta de forma automática em poucos segundos. Só é permitido usar uma tag eletrônica por veículo, e, se o adesivo for retirado, o chip é automaticamente destruído.

Hoje, o número de usuários que utiliza o serviço é de 5,8 milhões, número que vem em uma curva ascendente e que deve aumentar nos próximos anos. Todo o sucesso do mercado decorre dos cerca de 20 planos oferecidos pelas empresas e benefícios como dispensa da taxa de adesão, descontos em estacionamentos, shoppings e abastecimento em postos de combustível.

Metade dos pagamentos de pedágios em rodovias no Brasil é feito de forma automática, de acordo com o jornal Valor Econômico. A estimativa de crescimento também é impulsionada pelo plano do governo federal de transferir à iniciativa privada a operação de 16 mil km de rodovias até 2022. A isso somam-se iniciativas estaduais, como é o caso do estado de São Paulo, com a determinação de 5% de desconto no pedágio eletrônico às novas concessionárias.

A competição entre as empresas é intensa e faz com que cada uma busque se diferenciar com a oferta de um serviço. Atualmente, são cinco principais companhias de pedágio automático no país. Além de implementar estratégias agressivas de marketing e vendas, também fazem parcerias com grandes locadoras de veículos, para ampliar ainda mais a presença dessas marcas no mercado.

Os benefícios não se restringem às estradas. O rol de parcerias também se estende a estabelecimentos comerciais dentro das cidades, inclusos shoppings, estacionamentos, postos de gasolina e, mais recentemente, até lanchonetes de fast-food. Tudo para atrair também aquele consumidor que viaja pouco, mas que pode ter algumas regalias também no município onde mora.

Com o aumento da oferta desse serviço, o estado de São Paulo passou a aplicar novas regras de adequação de sinalização nas rodovias. Nas praças de pedágio, as placas de sinalização das pistas de pagamento automático tinham o logotipo das diferentes empresas que prestam o serviço ao usuário. Técnicos da ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), no entanto, identificaram que o usuário poderia ficar confuso com o excesso de informações.

Com o intuito de preservar a segurança viária, além de oferecer uma informação mais ágil, foi elaborado um projeto para substituição de toda a sinalização das pistas de pedágio automático. Com a medida, o governo do estado tinha o objetivo de trocar as placas indicativas de 677 pistas destinadas a esse tipo de pagamento nas 158 praças de pedágio do Programa de Concessões Rodoviárias. Com isso, as logomarcas das operadoras foram substituídas pelo logotipo indicado pelo Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, editado pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito).