Cooperativas do Paraná pedem tarifas de pedágio mais baixas e antecipação de obras em novas concessões

Documento com reivindicações foi encaminhado para o governo estadual; atuais contratos terminam em novembro de 2021.

Um documento da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) encaminhado do governo estadual pede tarifas de pedágio mais baixas e a antecipação de obras nas novas concessões de rodovias, entre outras reivindicações.

O novo modelo de concessão de pedágios no Paraná está em discussão. O atuais contratos com as concessionárias, do chamado Anel de Integração, terminam em novembro de 2021. Os leilões dos trechos por 30 anos devem ocorrer em julho.

As novas concessões devem ter cerca de 3,8 mil km de rodovias pedagiadas, divididos em até oito lotes. Alem dos atuais 2,5 mil km das concessões, outros 1,3 mil quilômetros devem ser pedagiados, entre rodovias federais e estaduais.

Confira as reivindicações das cooperativas:

  • garantia de investimentos necessários ao longo de 30 anos;
  • antecipação de obras para os primeiros cinco anos de contrato;
  • ajuste da Taxa Interna de Retorno (TIR) limitado a 5%;
  • minimizar custos indiretos para ter tarifas mais baixas;
  • punição para o não cumprimento de cláusulas contratuais, inclusive com o cancelamento da concessão;
  • controle da contagem de veículos nas praças de pedágio;
  • cronograma de obras definido

Um estudo da Ocepar, de 2017, aponta que quanto maior a distância do Porto de Paranaguá, no litoral, maior o custo do pedágio para a agropecuária.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

No oeste do Paraná, por exemplo, a cada 100 sacas de milho colhidas 7 eram para o pagamento de pedágio.

“Temos que ter os investimentos para que se tenha qualidade no serviço, para que o custo do transporte diminua. Não adianta ter via com uma mão e formar uma fila de caminhões a 10 km/h durante uma hora. O custo é enorme, muito maior que a tarifa”, afirma o presidente da Ocepar, José Roberto Ricken.

Outras entidades, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), também apoiam as novas concessões, que serão feitas pelo governo federal, com tarifas mais justas.