Tribuna da Bahia

O movimento nos pedágios da Bahia teve significativa queda nos últimos meses, em função da redução de viagens, tanto comerciais (ônibus e caminhões) como particulares. As três concessionárias que operam no Estado confirmam a situação, sendo que a Via Bahia, que administra as rodovias federais em trechos baianos das BR-116 e BR-324, aponta uma queda de 9% no movimento, nos primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2015.

A CLN – Concessionária Litoral Norte, a mais antiga, que desde 2001 é responsável pela BA-099, Estrada do Coco, diz, através do seu ouvidor, Sérgio Maron, que vem registrando “uma redução no volume de tráfego de veículos, em relação ano anterior, e essa redução é consequência da forte contração da atividade econômica, o que afeta diretamente o fluxo na BA 099”.

Já a Bahia Norte, que coordena rodovias pedagiadas ligadas à região de Camaçari, informa que “no primeiro trimestre de 2016, registramos uma redução no volume de tráfego de veículos, comparado ao mesmo período do ano anterior. Essa redução coincide com a forte contração da atividade industrial, o que afeta diretamente o Sistema BA-093, cujas rodovias consistem nas principais artérias de circulação de produtos e serviços do Estado ao interligarem o Polo Industrial de Camaçari, o Centro Industrial de Aratu, o Porto de Aratu e o Aeroporto Internacional”, ressalta Carlos Alejandro, Gerente de Operações da Concessionária Bahia Norte.

A ViaBahia Concessionária de Rodovias S/A, informa que houve redução geral de 9% no movimento de veículos que circulam pelas rodovias administradas pela concessionária (BR-324 – rodovia Engenheiro Vasco Filho, entre Salvador e Feira de Santana, e BR-116 – rodovia Santos Dumont, entre Feira de Santana até a divisa com Minas Gerais).

QUEDA É NACIONAL

De acordo com a ABCR – Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, em publicação no seu portal, “na análise dos últimos 12 meses, houve queda de 1,9% no movimento geral, redução de 5,1% no fluxo de pesados e de 0,9% no de leves. No acumulado do ano (janeiro-fevereiro/16 sobre janeiro-fevereiro/15), foi registrada queda de 2,1% no Índice Geral, de 4,6% no de pesados e de 1,4% no movimento de veículos leves.”  ”A avaliação dos últimos 12 meses é especialmente importante, porque nos mostra a tendência das séries, permitindo, inclusive, registrar que o Índice ABCR está em linha com outros indicadores, como renda, PIB e produção industrial”, conclui  Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria citado pela ABCR.

Em Santa Catarina, para citar mais um exemplo, pela primeira vez desde o início da cobrança do pedágio, em 2009, a Autopista Litoral Sul registrou queda no movimento de veículos, com as cinco praças de pedágios em operação no trecho concedido na BR-101.
A ressalva é feita porque em 2013 houve redução no chamado tráfego pedagiado, mas uma das praças estava desativada por determinação judicial. No ano passado, foi de 1,6% a queda no número de veículos pagantes de pedágio. A redução foi atribuída pela Autopista à crise.