Dono de caminhões roubados no RJ aluga helicóptero para tentar recuperar a carga; bandidos atiram em aeronave

Motoristas foram alvo na Rodovia Presidente Dutra, em Paracambi, na Baixada Fluminense. Pelo menos 60 homens participaram do roubo. Veículo foi resgatado quatro horas depois.

O dono de dois caminhões roubados na Baixada Fluminense nesta quinta-feira (31) alugou um helicóptero para tentar recuperar a carga. Os produtos não foram recuperados, e a aeronave ainda foi atingida por tiros.

O resgate de um dos caminhões foi acompanhado pelo Globocop. Pelo menos 60 homens participaram do roubo.

Caminhão já sem a carga é resgatado da Vila Cruzeiro, na Penha — Foto: Reprodução/TV Globo

Caminhão já sem a carga é resgatado da Vila Cruzeiro, na Penha — Foto: Reprodução/TV Globo

Os dois caminhões tinham saído do Porto do Rio e iam para Itatiaia, no Sul Fluminense, pela Rodovia Presidente Dutra. Por volta das 13h, as carretas foram cercadas por três veículos na altura de Paracambi.

“O cara estava encapuzado, não deu para identificar ninguém. Botou a gente dentro do carro e ficou rodando com a gente. Ficamos três horas e meia com eles aí”, lembra um dos motoristas.

Um dos veículos foi bloqueado pelo sistema de rastreamento e abandonado. Os criminosos conseguiram levar o segundo caminhão para a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha.

A carga do segundo caminhão era estimada em R$ 700 mil. O dono da transportadora, que não detalhou o que o veículo levava, não quis esperar a polícia e alugou um helicóptero para procurar o caminhão roubado.

O empresário encontrou o veículo em 35 minutos, mas a aeronave foi alvo de tiros da quadrilha.

A Polícia Militar montou uma operação para recuperar a carga e os motoristas. A TV Globo apurou que eram pelo menos 60 bandidos contra 20 policiais. Um veículo blindado usado na operação teria enguiçado. Sem conseguir avançar, os PMs, então, decidiram recuar.

Só quatro horas depois do roubo, às 17h, PMs da UPP Parque Proletário encontraram os motoristas e o caminhão. O baú estava vazio.

“A sensação que eu tenho é que você está totalmente vulnerável hoje no transporte de carga no Rio de Janeiro”, lamenta o dono da transportadora.