O governo espanhol tentava nesta quinta-feira(24) encontrar uma saída para uma greve de caminhoneiros e transportadoras que ameaça sufocar a economia do país.

“Não nos levantaremos até chegarmos a um acordo” que ponha fim à greve, disse na quarta-feira o presidente do governo socialista, Pedro Sánchez, referindo-se às negociações com as transportadoras.

O contexto é delicado para o governo, acusado pelos grevistas de inação diante do aumento dos preços dos combustíveis e criticado pela gestão desse protesto, o mais importante desde o retorno da esquerda ao poder em 2018.

O governo enviou três ministros para a reunião (Economia, Transportes, Finanças), à qual Sánchez não pôde estar presente devido às cúpulas da UE e da Otan em Bruxelas.

No entanto, há dúvidas sobre o impacto desta reunião porque apenas foi convidada a associação patronal do setor, a Comissão Nacional do Transporte Rodoviário (CNTC), que se opõem à greve, e não a “plataforma” dos transportadores independentes e pequenos e médias empresas organizadoras dos bloqueios.

O governo “negocia com o comitê nacional, e eles não nos representam”, criticou a plataforma em nota, exigindo um lugar à mesa de negociações.