O segmento do transporte rodoviário de carga se mantém comprador, sustentando trajetória de recuperação dos negócios. Segundo dados da Fenabrave, federação que representa as concessionárias, nos cinco primeiros meses do ano, o mercado de caminhões já absorveu pouco mais 39 mil unidades, crescimento de 46,9% em relação ao acumulado no mesmo período de 2018, de 26,6 mil veículos.
Somente no mês de maio, as vendas registraram alta de 61%, para 9,1 mil caminhões contra 5,7 mil unidades negociadas um ano antes. Cabe lembrar, no entanto, que a base de comparação baixa teve influência do impacto provocado pela paralisação dos caminhoneiros ocorrida em maio do ano passado. Se confrontado com abril, quando os emplacamentos chegaram a 8,4 mil veículos, a alta nos emplacamentos foi de 8,3%.
O caminhão pesado segue como protagonista na expansão das vendas. Até maio, o transportador negociou 19,9 mil modelos da categoria. Além do volume ter sido 41% acima do verificado no mesmo período do ano passado, o maior dentre todas as classes, representou 51,1% do total de licenciamentos de caminhões.
Ao fim dos primeiros cinco meses do ano, a Mercedes-Benz assumiu a liderança isolada das vendas, com 31,6% de participação ao contabilizar 12,3 mil unidades entregues. O volume registrado pela marca da estrela de três pontas colocou uma diferença de mais 3 mil veículos sobre o desempenho da Volkswagen Caminhões e Ônibus, a vice-líder, que chegou até maio com 9 mil caminhões negociados ou 23% do total dos emplacamentos.
O ranking segue com a Volvo na terceira posição ao somar 5,8 unidades vendidas no acumulado do ano, 14,9% do mercado, com a Scania, em quarto lugar, que obteve fatia de 11,9% até maio, ao apurar 4,6 mil caminhões licenciados e a Ford, a quinta fabricante que mais vendeu no período: 3,8 mil unidades, representando 9,9% das vendas.
Completam a lista da Fenabrave, Iveco com 3,6% de participação, DAF (3%), MAN (1,6%), Hyundai (0,3%) e Agrale (0,06%).