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Um grupo de manifestantes, que reivindica a diminuição dos preços do gás e da gasolina nos postos de Porto Velho, bloqueou nesta segunda-feira (15) a Estrada do Belmont, no Bairro Nacional, Zona Norte da cidade. A via dá acesso a distribuidoras de combustíveis e é uma das principais saídas para o transporte de alimentos e grãos que chegam por balsas, pelo Rio Madeira.

Fotos: Toni Francis (G1)
Fotos: Toni Francis (G1)

O bloqueio começou no início da manhã e durou todo o dia. No período da tarde, por orientação da Polícia Militar (PM), para evitar um embate entre caminhoneiros e manifestantes, a estrada foi liberada por uma hora, entre 16h e 17h.

“O objetivo foi desafogar um pouco para evitar o fechamento total da via”, explicou o trabalhador autônomo Rainti Gomes, que convocou a paralisação por meio das redes sociais.

O manifesto foi apoiado pela associação de moradores do Bairro Nacional, que forneceu abrigo contra chuva e convocou a população para ir às ruas.

“Vamos permanecer aqui até que alguma autoridade política compareça e firme compromisso em, pelo menos, negociar os preços da gasolina”, salientou o presidente da associação, Francisco Apodi. Segundo ele, o preço do litro da gasolina não deveria ser superior a R$ 3,00.

Alguns caminhoneiros consideraram o motivo do bloqueio justo, mas alegaram que o local e a quantidade de manifestantes, cerca de 30, não é suficiente para repercutir a ponto de causar a diminuição do preço da gasolina.

“Se fosse uma manifestação nacional, com fechamento de grandes centros de distribuição acho que surtiria efeito, mas do jeito que acontece aqui só dá prejuízo ao caminhoneiro”, avaliou o motorista Valdinei da Silva.

Com destino a Cuiabá (MT), Valdinei afirmou que passou o dia todo parado numa região que, segundo ele, é tida como violenta. “Além de ficarmos a mercê de bandidos, estamos sem banho e local para alimentação”,reclamou.

Com carga para Rondonópolis (MT), o caminhoneiro Luiz Antônio Carlos também reclamou do tempo que ficou retido. “Essa manifestação é inútil, só nos traz transtorno”, disse. Apesar dos manifestos contrário à paralisação, não houve confronto entre moradores e motoristas.