Fumaça faz animais fugirem em busca de abrigo e por causa disso há maior movimentação dos bichos nas estradas. Cuidados devem ser redobrados principalmente em estradas rurais.
Nessa época do ano, o número de animais encontrados mortos nas rodovias aumenta no Tocantins. Uma das explicações está relacionada às queimadas e ao tempo seco. A fumaça faz os animais fugirem para outro lugar. Por causa disso, os bichos podem ser vistos com maior frequência atravessando estradas ou rodovias. Muitos são atropelados.
Esse ano, a Polícia Militar Ambiental já resgatou mais de 360 animais silvestres no Tocantins. No entanto, muitos não sobrevivem. Encontrar animais mortos no acostamento das rodovias não é difícil. Nesta segunda-feira (22) em Gurupi, uma família de quatis perdeu a vida tentando atravessar a BR-153.
O biólogo do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) Tiago Scapini explica que nessa época do ano, os animais silvestres acabam ficando mais expostos. “Essa época coincide com as queimadas e é uma época de muita seca, então os animais tendem a se movimentar mais, seja fugindo do fogo, ou da fumaça e até mesmo na busca de alimentos. Eles se movimentam mais e estão mais suscetíveis aos atropelamentos”.
Neste ano, mais de 360 animais foram resgatados de estradas no Tocantins
Os cuidados devem ser intensificados, principalmente nas estradas rurais. Manter a atenção na via e respeitar os limites de velocidade são ações que podem ajudar a salvar vidas, tanto dos animais, quanto das pessoas que estão nos veículos.
Outra orientação é nunca se esquecer de que se tratam de animais silvestres, que não estão acostumados com o contato humano. Nesse fim de semana, um tamanduá entrou no motor de uma caminhonete que trafegava na rodovia. O motorista havia parado para evitar o atropelamento, mas o bicho acabou subindo no carro.
A Polícia Militar Ambiental teve trabalho para retirá-lo de lá. “Jamais recomendamos que qualquer cidadão, mesmo que o animal esteja machucado, que ele vai lá e tente capturar esse animal. O recomendado é que sempre procurem entrar em contato com o batalhão ambiental para que estejamos encaminhando equipe com profissionais qualificados, com materiais e equipamentos apropriados para fazer essa captura e dar destinação correta a esse animal”, explicou o capitão da PM Ambiental Messias Albernaz.