RIO – O nome Semi não é lá muito criativo: vem de semi-trailer truck, que é como chamam os cavalos mecânicos nos Estados Unidos. E o conceito, tampouco é novidade — em 1918, já rodavam caminhões elétricos no Rio (quer ver um sobrevivente dessa época? Vá ao prédio da Light, na Avenida Marechal Floriano). Mas fato é que Elon Musk, o presidente da Tesla, mostrou na sexta-feira passada uma potencial revolução no transporte rodoviário de cargas.
— Liberem suas mentes rumo a uma dimensão alternativa — disse o inventivo empresário e engenheiro à multidão que compareceu à apresentação em Hawthorne, California. É no aeroporto daquela cidade que funciona o departamento de estilo da Tesla, bem como a companhia espacial SpaceX, também dirigida por Musk.
Com início da produção em série previsto para 2019, o Semi traz promessas que realmente parecem coisa de outro planeta. Segundo o fabricante, o caminhão elétrico tem a miraculosa autonomia de 800 quilômetros, com peso máximo e em velocidades normais de rodovia.
Para comparar, a Daimler lançou em julho um pequeno caminhão elétrico, o Fuso eCanter, com 350km de autonomia. Já a fabricante de motores a diesel Cummins mostrou um protótipo de cavalo mecânico elétrico, chamado Aeos, com modestos 160km de alcance.
Mas 800km ainda são pouco perto dos 1.600km de autonomia de um caminhão a diesel. Daí que os executivos da Tesla aproveitaram o evento para anunciar a criação de uma rede de carregadores de bateria alimentados por energia solar: após 30 minutos conectado a um “Megacharger”, o Semi poderia rodar mais 650km.
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