G1
Desde a semana passada, caminhoneiros realizam protestos em rodovias federais gaúchas contra o aumento do valor dos combustíveis. Alegando falta de condições de transportar a produção, a General Motors (GM) anunciou que paralisou a produção de veículos em sua unidade de Gravataí, localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, a partir desta terça-feira (8).
A empresa, que é dona da Chevrolet e fabrica e comercializa veículos, informou que vai monitorar a situação e que só retomará as atividades quando houver “condições seguras de transporte de materiais do Porto de Rio Grande até a cidade de Gravataí”, diz um trecho do comunicado divulgado na noite de segunda-feira (7).
Na manhã de terça, as atividades estavam paralisadas, com previsão de retomada durante a tarde, informou a GM.
Na unidade gaúcha, são produzidos o carro mais vendido do país, o Onix, e o seu derivado sedã, o Prisma. Na quinta-feira (3), foi anunciado investimento de R$ 1,4 bilhão para a expansão da fábrica em Gravataí. Com a ampliação, além de consolidar a unidade como a mais importante da GM na América Latina, o empreendimento ainda acena com novas oportunidades de emprego e negócios.
Ao longo da segunda, foram registrados protestos em ao menos cinco rodovias federais gaúchas. Na Região Sul do estado, conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ao menos 10 veículos foram apedrejados durante os protestos entre 18h e 0h, em diferentes pontos das rodovias BR-116 e BR-392.
Em um dos casos de apedrejamento, um motorista ficou ferido com estilhaços após o para-brisa ter sido atingido por uma pedra. Ele recebeu atendimento de uma equipe da concessionária que administra a rodovia, e seguiu viagem.
Falta de combustível em Ijuí
Os protestos têm gerado problemas de desabastecimento em algumas regiões do estado por conta dos protestos de caminhoneiros que reclamam do aumento do valor dos combustíveis. A situação é mais complicada em em Ijuí, no Noroeste do estado, onde três distribuidoras tiveram as entradas bloqueadas por manifestantes, o que faz com que o combustível comece a faltar nos postos.
Em Cruz Alta, na mesma região, uma distribuidora que estava bloqueada foi liberada pelos manifestantes durante a manhã desta terça. Em Passo Fundo, no Norte do estado, também são sentidos os efeitos da paralisação.
O Sindicato Nacional das Distribuidoras informou que não tem um levantamento de quantas empresas estão com bloqueios, nem de quantos postos estão sem receber combustível. Citou apenas que se tratam de problemas pontuais.