O último levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) sobre as condições das rodovias do país apontou que, em Minas Gerais, quase 62% dos trechos apresentam algum tipo de deficiência. Na região do Triângulo Mineiro, algumas rodovias sofreram queda na avaliação em relação ao ano passado.
A CNT avaliou estado geral, pavimentação, sinalização e geometria das estradas. Esse último quesito leva em consideração se a rodovia é de pista simples ou dupla, se tem terceira faixa nas subidas, se tem pontes, viadutos, curvas perigosas e acostamento. A pesquisa apontou que 83,8% do trecho percorrido em Minas Gerais não têm condições satisfatórias de geometria.
A BR-497, que liga Uberlândia a Prata, foi considerada regular em quase todos os quesitos. O único ponto que mudou de 2015 para 2016 foi a geometria
Outra rodovia avaliada como ruim é a MGC-455, que vai para Campo Florido: a principal reclamação é a obra de asfaltamento que não é finalizada. Atualmente, os funcionários trabalham na construção de um viaduto, mas o desvio ficou confuso.
As BRs 365 e 050 também foram avaliadas. A BR-050 tem estado geral bom e o pavimento é considerado ótimo; entretanto, a sinalização caiu na avaliação: de ótimo em 2015 para bom em 2016. A BR-365 também está com sinalização pior do que no ano passado que, segundo a pesquisa, passou de boa para regular.
Minas Gerais tem a maior malha rodoviária do país e, segundo a CNT, para melhorar a situação são necessários investimentos de mais de R$ 8,7 bilhões.
Posicionamento
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG) disse que prevê para este ano o investimento de R$ 750 milhões em manutenção e pavimentação de rodovias. E, que tanto a MGC-497, entre Uberlândia e Prata, quanto a MGC-452, entre Uberlândia e Araxá, recebem constantemente os serviços de conservação, como roçagem, limpeza dos dispositivos de drenagem e tapa-buracos.
O DER também informou que mantém um controle semestral da qualidade dos 19 mil quilômetros de rodovias pavimentadas sob sua administração.
A produção do MGTV entrou em contato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) várias vezes, mas não obteve retorno.
