G1
Os protestos de caminhoneiros já afetam 70% das movimentações de cargas no Porto de Rio Grande, no Sul do estado. Nos últimos cinco dias, pelo menos quatro navios estão atracados à espera de mercadorias, mas os caminhões que transportam as cargas, como a soja, por exemplo, não conseguiram chegar ao destino principalmente por causa dos bloqueios na cidade vizinha de Pelotas.
Mesmo com a dispersão dos piquetes, muitos motoristas ainda temem se aproximar do porto. Enquanto os navios não são totalmente carregados, não deixam o cais. O prejuízo estimado de uma embarcação parada no porto é de US$ 31 mil. Por dia, o pPorto de Rio Grande costuma receber 500 caminhões.
Apenas operações internas funcionam normalmente. O superintendente do porto, Janir Branco, teme que a situação inviabilize a chegada de novos navios.
“Os caminhões não conseguem chegar às empresas, nas indústrias, isso está verdadeiramente causando um impacto negativo na economia e consequentemente prejudica tanto motorista, quanto os trabalhadores portuários e a economia como um todo. Há realmente um prejuízo e, a cada dia que passa, esse prejuízo aumenta e a economia toda fica prejudicada.”
Duas estradas registram bloqueios
Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não há bloqueios neste sábado (5) nas estradas federais. Na sexta-feira (4) uma decisão da Justiça Federal proibiu a realização de interrupções nessas rodovias, atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). Em caso de descumprimento foi determinado multa de pelo menos R$ 5 mil, valor estipulado “para cada veículo ou pessoa física”.
Por outro lado, há interrupções neste sábado em estradas estaduais de Tapejara, no Norte do estado, e de Manoel Viana, na Fronteira Oeste.
Em Tapejara, o bloqueio no trânsito ocorre na ERS-463, onde só é permitida a passagem de caminhões carregados com carga viva e alimentos para os animais. Este é o terceiro dia de bloqueios no local.
Em Manoel Viana, a manifestação é registrada na ERS-377, onde há bloqueios por caminhoneiros.