A quadrilha de roubo de cargas desarticulada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta segunda-feira (20/11), durante a Operação Anicetus, agia com violência e mirava os mais diversos tipos de carga, desde animais até carnes, bebidas e outros alimentos, apontam as investigações.

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Segundo a equipe da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), a organização criminosa, que tinha base em Anápolis (GO), é responsável por 80% dos roubos de cargas ocorridos na região do Entorno. Os policiais acreditam que o DF também pode ter sido afetado, uma vez que Ceilândia era um dos locais estratégicos para a organização criminosa. Ao menos oito pessoas foram presas temporariamente. Um adolescente também foi apreendido.
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Segundo o delegado-chefe da DRF, Fernando César Costa, as investigações tiveram início há seis meses, e apontaram que o grupo roubava todos os tipos de carga com origem em Anápolis e destino final na capital federal. “Desde animais vivos, carnes, bebidas, alimentos diversos e material não perecível”, detalhou. O material roubado era então revendido para comerciantes que praticam vendas irregulares. Na operação, foram apreendidas duas armas de fogo, aparelhos celulares, drogas, veículos e parte de algumas cargas roubadas.
Ainda segundo a polícia, a forma de agir do grupo era bastante violenta. Em diversos casos, os motoristas eram feitos reféns e tinham suas famílias ameaçadas. Há ainda acusação de tentativa de latrocínio (roubo com morte) contra um dos caminhoneiros. O grupo também mostrava uma estrutura bem organizada, com planejamento das ações e divisão de tarefas clara.