G1

Há quase dois anos, os radares estaduais instalados nas rodovias do Sul de Minas estão desativados. Os equipamentos são de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que ainda não contratou uma nova empresa para administrar os radares. Na região, em uma mesma rodovia, há equipamentos ligados e desligados, o que confunde os motoristas no trajeto.

Em Minas Gerais, os radares das rodovias estaduais estão desligados desde o final de agosto de 2014. O contrato do Governo do Estado com as empresas que prestavam o serviço acabou, e dois anos depois, o processo para uma nova licitação ainda não foi concluído.

Além das estradas estaduais, na BR-491, entre Varginha (MG) e Três Corações (MG), também não há fiscalização. Mesmo sendo uma rodovia federal, o trecho é monitorado pelo governo estadual.

A situação tem deixado os motoristas confusos. Numa mesma rodovia há radares ligados e desligados, como no trecho da BR-491 que passa dentro de Varginha. Os equipamentos são do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do governo federal, e no local os radares estão funcionando.

Quem arrisca, acaba penalizando o próprio bolso. “Já [fui pega no radar], por excesso de velocidade. Não dá pra ter certeza, porque lá mesmo o pessoal achou que estava desligado, e agora chegou o aviso [da multa]”, conta a motorista Rosilene, que passava pelo trecho.

No Sul de Minas, a maioria das rodovias é federal, como a BR-265, entre Nepomuceno e Boa Esperança, na BR-491, entre Varginha e Areado, a BR-459, entre Poços de Caldas e Delfim Moreira, e a Rodovia Fernão Dias. Em todos estes trechos, há fiscalização dos radares.

Mas independente do funcionamento, a Polícia Rodoviária adverte que, mais importante que evitar a multa, é prevenir o acidente, já que os trechos onde os radares são instalados são considerados perigosos.

“O que importa é o motorista respeitar a sinalização, mesmo que o equipamento não esteja funcionando. Porque, em locais onde exista este equipamento, é porque o índice de acidentes é mais elevado que os demais”, explica o sargento Renan Santos.