Jornal Cruzeiro

O inverno traz um perigoso desafio para os motoristas que trafegam pelas rodovias: a neblina. Apenas na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), são 32 pontos em rodovias sob concessão considerados críticos por conta de nevoeiros. O levantamento foi feito pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que aponta que o problema acarreta aumento na probabilidade de colisões traseiras, choques com obstáculos fora da pista e engarrafamentos. Trechos de serra e baixadas são os mais sujeitos a esse tipo de ocorrência.

Dentre as rodovias que passam pela RMS, a SP-280, rodovia Castelo Branco, é uma das que possuem mais trechos críticos, segundo a Artesp. A atenção do motorista deve ser maior em oito locais entre o km 65 e o km 126, que compreende Itu, Sorocaba, Porto Feliz, Boituva e Tatuí. A SP-300, rodovia Marechal Rondon, também tem oito trechos sujeitos a neblina, em Porto Feliz, Itu e Tietê.

Outra rodovia que passa na RMS e tem diversos pontos considerados perigosos para os condutores é a SP-127. A rodovia possui três diferentes denominações e passa pelas cidades de Tietê, Cerquilho e Itapetininga. A neblina também afeta três trechos da rodovia SP-075, com diferentes denominações, em Salto e Itu. A mesma quantidade de pontos de risco possui a SP-270, rodovia Raposo Tavares, em São Roque, Alambari e Itapetininga.

Em mais três rodovias presentes na RMS, o motorista precisa tomar cuidado com um trecho com neblina. Estão na lista a SP-101, com dois nomes diferentes, e a SP-113, rodovia Doutor João José Rodrigues, ambas em Tietê. Em Salto, a ocorrência atinge a SP-308, rodovia Comendador Mário Dedini (Rodovia do Açúcar).

Prevenção

Os trechos de incidência de neblina na malha concedida no Estado de São Paulo estão sinalizadas, de acordo com a Artesp, para alertar os consumidores sobre a necessidade de reduzir a velocidade. Outra orientação é o cumprimento da legislação que determina o uso do farol baixo mesmo durante o dia. “O condutor do veículo também deve tomar medidas para reduzir os riscos, como estar atento à sinalização e reduzir a velocidade ao perceber que a visibilidade está prejudicada”, reforça.

Mais atenção

A lembrança de acidentes provocados por neblina ficou na memória do casal de farmacêuticos Antonio Carlos Ortega e Rita Ortega, que costumava pegar rodovias. “Já vi muitos acidentes, quando ia para Porto Feliz, principalmente”, comenta ele. Os trechos mais perigosos por conta da neblina, no entanto, estão na estrada para Salto de Pirapora, avalia ela. “Sempre mais cedo, mesmo 7h30, tem neblina.”

A receita em situações como essa é dirigir devagar e redobrar a atenção. É assim que Osnildo Correia, que trabalha na construção civil, afirma proceder, “Já peguei muitas vezes, principalmente em viagens, e tem que diminuir a velocidade”, diz. Respeitar a velocidade e tomar cuidado com os outros veículos é o que faz o agente de segurança Adenílson Canuto Araújo. “Peguei muitos trechos com neblina já, descendo serra e sempre tem acidente”, conclui.