Rodovias registram até 115% mais queimadas que no ano passado

Correio de Uberlândia

No primeiro semestre, o número de queimadas nas margens das rodovias que cortam Uberlândia aumentou em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados registrados por diferentes órgãos. De acordo com a MGO Rodovias, concessionária que administra trechos da BR-050, o aumento representou 115% em comparação a 2015 no trecho mineiro da concessão.

A empresa contabilizou, até julho, 343 focos de incêndio no trecho que se inicia em Araguari, passa por Uberlândia e vai até Delta, na divisa do Estado. A quantia representou 115% de crescimento em relação ao mesmo período de 2015, com 159 registros.

Para Emerson Machado, coordenador de meio ambiente da concessionária, o aumento se dá pela junção do tempo seco e a má conduta das pessoas, que fazem fogueiras e descartam cigarros acesos na vegetação. “É um grande prejuízo causado à fauna silvestre, além de outros problemas ecológicos e econômicos, pois muitas propriedades são destruídas. Também desperta um grande risco aos motoristas”, afirmou.

Já a Polícia Militar Independente de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário contou, até julho, nos trechos das rodovias estaduais que cortam a região, 71 ocorrências de queimadas, 11 a mais (18%) do que no mesmo período de 2015, quando 60 chamados foram atendidos.

Para o tenente chefe da seção de planejamento e operações do órgão, Sidney Gomes Ferreira, há recomendações aos motoristas que podem evitar acidentes quando houver casos de queimadas nos arredores das vias. “É recomendável que se reduza a velocidade, feche o vidro, trafegue sempre com o farol baixo e mantenha a distância segura com o veículo da frente”, afirmou.

Estatística do Corpo de Bombeiros é pouco alterada
A média de ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros foi pouco alterada. O tenente Antônio Aparecido da Silva informou que 51 incêndios foram combatidos pela corporação, até junho, nas rodovias próximas à cidade, enquanto 49 casos foram contabilizados no igual período de 2015.

A reportagem solicitou dados ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, mas foi informada pela assessoria de comunicação, que o órgão não contabiliza ocorrências desta natureza.