Nesta segunda-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro mexeu no comando da Petrobras trocando o então presidente e general do Exército, Joaquim Silva e Luna, pelo economista Adriano Pires. A mudança ocorreu após quase um mês de fogo amigo do Palácio contra à estatal e um aumento de 18,8% no litro da gasolina e de mais de 24,9% no litro do diesel para as refinarias.

As críticas públicas à empresa por parte de Bolsonaro foram frequentes. Em uma de suas últimas falas antes de determinar a mudança de chefia, Bolsonaro falou: “eu tenho uma política de não interferir. Sabemos das obrigações legais da Petrobras e, para mim, particularmente falando, é um lucro absurdo que a Petrobras tem num momento atípico no mundo”.

O lucro ao que o presidente se referiu foram os cerca de R$ 106 bilhões em 2021, montante considerado recorde e decorrente justamente do PPI.

Para aplicar o reajuste nos combustíveis, a empresa alegou uma defasagem de quase 30%, que se agravou com a Guerra na Ucrânia e a disparada do preço de petróleo no mercado internacional. Os caminhoneiros esperam que a troca de comando possa mostrar melhorias concretas na política de preços, o que ainda não se configurou. (Com inf. Congresso em Foco)